A TEOLOGIA E A PRATICA DE JUSTIÇA SOCIAL NA SOCIEDADE POS-MODERNA


Atualmente tem sido de grande valia a teologia no papel para com a sociedade que tem enfrentado as suas mazelas e dificuldade; sabendo que o homem esta cada vez mais em declino moral, social e psicológico, mas temos a responsabilidade de fazer e pratica a justiça social, para com o nosso próximo.
Verdadeiramente para resgatar a humanidade de suas crises existenciais é  que a teologia faz jus a verdade que Deus é amor perfeitamente bom , que em santo seu santo amor criou governa, dirigem e sustenta tudo. O cerne da pratica da justiça social está em ajudar os mais necessitados de nossa comunidade, aqueles que estão passando fome; o Grande Mestre Jesus disse: “quando tive fome e me deste de comem e quando tive sede e mim deste de bebe, por essas e outros exemplos temos que seguir o nosso mestre por excelência”.
Temos que pelo menos minimizar os problemas que a sociedade pos-moderna tem enfrentado, pois a cada dia o homem tem sido amante de si mesmo e esquecendo de amar a si mesmo e a seu próximo é a papel também da teologia ensinar que devemos praticar a justiça que vem de Deus, pois o homem por se mesmo não faz e não pratica a justiça social.
A sociedade pos-moderna esta cada vez mais em decadência e em seus conflitos consigo mesmo e com o próximo, mas a teologia em busca de praticar a justiça social tem avançado para trazer o homem para seu convívio com a sociedade. Sabendo que não foi assim desde o principio depois da queda que todas essas coisas vieram a acontecer com o homem em seu declino moral, social e psicológico.
Andar em justiça é fazer tudo dentro da conformidade que mestre tem nos ensinado, é também doar aos menos favorecidos de nossa sociedade tão desigual, para uns falta à oportunidade de crescer para fazer a diferença nesta sociedade o ser humano precisar de um incentivo na vida par que ele possa superar todos os obstáculos que vier para ele, pois o mesmo tem um objetivo e um alvo a percorrer, por isto não vai estacionar mais vai prossegui na certeza da vitória que é certa. Termina aqui a minha redação segue outro texto e resumos que será útil. 
 Afirmamos a nossa crença no único Deus eterno, Criador e Senhor do Mundo, Pai, Filho e Espírito Santo, que governa todas as coisas segundo o propósito da sua vontade. Ele tem chamado do mundo um povo para si, enviando-o novamente ao mundo como seus servos e testemunhas, para estender o seu reino, edificar o corpo de Cristo, e também para a glória do seu nome.
Todas as igrejas, portando, devem perguntar a Deus, e a si próprias, o que deveriam estar fazendo tanto para alcançar suas próprias áreas como para enviar missionários a outras partes do mundo. Deve ser permanente o processo de reavaliação da nossa responsabilidade e atuação missionária. Assim, haverá um crescente esforço conjugado pelas igrejas, o que revelará com maior clareza o caráter universal da igreja de Cristo.
Também agradecemos a Deus pela existência de instituições que laboram na tradução da Bíblia, na educação teológica, no uso dos meios de comunicação de massa, na literatura cristã, na evangelização, em missões, no avivamento de igrejas e em outros campos especializados. Elas também devem empenhar-se em constante auto-exame que as levem a uma avaliação correta de sua eficácia como parte da missão da igreja
 Proclamar Jesus como "o Salvador do mundo" não é afirmar que todos os homens, automaticamente, ou ao final de tudo, serão salvos; e muito menos que todas as religiões ofereçam salvação em Cristo.
Trata-se antes de proclamar o amor de Deus por um mundo de pecadores e convidar todos os homens a se entregarem a ele como Salvador e Senhor no sincero compromisso pessoal de arrependimento e fé. Jesus Cristo foi exaltado sobre todo e qualquer nome. Anelamos pelo dia em que todo joelho se dobrará diante dele e toda língua o confessará como Senhor.

Missão como busca por justiça


Sustentar-se-á  que a  evangelização, embora jamais se possa simplesmente equipará-la ao trabalho pela a justiça, tampouco pode ser divorciada dele. A justiça social era central na tradição profética do Antigo Testamento. Mas no contexto sóciopolítico em que a igreja primitiva começou a se engajar na missão era fundamentalmente outro.  Durante o reinado de Constantino não apenas se tornou uma licita, mas, em breve, era efetivamente a única religião legitima da historia. Já na época de Agostinho, houve uma tendência no sentido de dividir a realidade rigidamente em dois opostos irreconciliáveis, o que foi expresso de forma inequívoca em A cidade de Deus. Esse legado foi passado para o catolicismo ao protestantismo em todas as sua formas. Tentativas de lidar com essa tensão não-resolvida na ética cristã assumiram, em geral, duas formas diferentes. No movimento ecumênico protestante e, em grau menor, no catolicismo contemporâneo, parece parece o motivo profético. O ideal religioso tende a estar mais interessado  no motiva perfeito do crente do que na concretização das conseqüências do amor, é perigosa para a sociedade. Uma tentativa em relação entre  evangelização e responsabilidade social é a distinção entre os dois mandatos, o espiritual e o social. A tarefa de primordial de proclamar o evangelho e de converter pessoas a Cristo, ela teria um impacto muito maior nas necessidades sociais, morais e psicológicas dos homens que qualquer outra coisa que pudessem fazer. Porque tais homens se converteram verdadeiramente a Cristo. O envolvimento sóciopolítico e a evangelização fazem ambos parte de nosso dever cristão , expressões necessário de nossas doutrinas  de Deus e do homem, de amor ao próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo. O mal esta no coração do homem em estruturas sociais. A missão da igreja inclui tanto a proclamação do evangelho quanto sua demonstração, evangelizar responde a necessidade humana imediata e pressionar por transformações sociais.  Não  há evangelização sem solidariedade cristã  que não implique compartilha o conhecimento  do reino que é a promessa de Deus aos pobres da terra.

Lausane foi um marco para o movimento evangélico. A nossa confiança no único Deus eterno, Criador e Senhor do Mundo, Pai, Filho e Espírito Santo, que dirigir todas as coisas segundo o desígnio da sua vontade. Confessamos, envergonhados, que muitas vezes negamos o nosso chamado e fracassamos em nossa missão, em razão de nos termos conformado ao mundo ou nos termos isolado por demasiado. Contudo, regozijamo-nos com o fato de que, mesmo transportado em vasos de barro, o evangelho continua sendo um tesouro valioso. À tarefa de tornar esse tesouro conhecido, no poder do Espírito Santo, desejamos dedicar-nos novamente.a inspiração divina, a veracidade e autoridade das Escrituras tanto do Velho como do Novo Testamento, em sua totalidade, como única Palavra de Deus escrita, sem erro em tudo o que ela afirma, e a única regra infalível de fé e prática.que há um só Salvador e um só evangelho, embora exista uma ampla variedade de maneiras de se realizar a obra de evangelização.Não existe nenhum outro nome pelo qual importa que sejamos salvos. Todos os homens estão perecendo por causa do pecado, mas Deus ama todos os homens, desejando que nenhum pereça, mas que todos se arrependam.Anelamos pelo dia em que todo joelho se dobrará diante dele e toda língua o confessará como Senhor. Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos os que se arrependem e crêem.a evangelização propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a vir a ele pessoalmente e, assim, se reconciliarem com Deus. Os resultados da evangelização incluem a obediência a Cristo, o ingresso em sua igreja e um serviço responsável no mundo. Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar os seus interesse pela justiça e pela conciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. Afirmamos que Cristo envia o seu povo redimido ao mundo assim como o Pai o enviou, e que isso requer uma penetração de igual modo profunda e sacrificial. A igreja ocupa o ponto central do propósito divino para com o mundo, e é o agente que ele promoveu para difundir o evangelho. Mas uma igreja que pregue a Cruz deve, ela própria, ser marcada pela Cruz.           Causa-nos vergonha ver tanta gente esquecida; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a igreja. O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia nova e criativa. É propósito de Deus haver na igreja uma unidade visível de pensamento quanto à verdade. Instamos para que se apresse o desenvolvimento de uma cooperação regional e funcional para maior amplitude da missão da igreja, para o planejamento estratégico, para o encorajamento mútuo, e para o compartilhamento de recursos e de experiências. Confessamos que às vezes temos nos empenhado em conseguir o crescimento numérico da igreja em detrimento do espiritual, divorciando a evangelização da edificação dos crentes. Cremos que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os principados e potestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar sua tarefa de evangelização mundial. A igreja tem que estar no mundo; o mundo não tem que estar na igreja. É dever de toda nação, dever que foi estabelecido por Deus, assegurar condições de paz, de justiça e de liberdade em que a igreja possa obedecer a Deus, servir a Cristo Senhor e pregar o evangelho sem impedimentos. Cremos no poder do Espírito Santo. O pai enviou o seu Espírito para dar testemunho do seu Filho. Sem o testemunho dele o nosso seria em vão. Cremos que Jesus Cristo voltará pessoal e visivelmente, em poder e glória, para consumar a salvação e o juízo.  Acreditamos que o período que vai desde a ascensão de Cristo até o seu retorno será preenchido com a missão do povo de Deus, que não pode parar esta obra antes do Fim.  A nossa confiança cristã é a de que Deus aperfeiçoará o seu reino, e aguardamos ansiosamente esse dia, e o novo céu e a nova terra em que a justiça habitará e Deus reinará para sempre. Enquanto isso, dedica-nos ao serviço de Cristo e dos homens em alegre submissão à sua autoridade sobre a totalidade de nossas vidas.

Investindo em Sabedoria Diante dos Invernos da Vida
Todos passam por focos de tensão. As preocupações existenciais, os desafios profissionais, os compromissos sociais e os problemas nas relações interpessoais geram continuamente focos de tensão que, por sua vez, geram stress e ansiedade. Os focos de tensão podem exercer um controle sobre a inteligência que nos impedem de ser livres, tanto na construção quanto no gerenciamento dos pensamentos. Às vezes, a atuação dos focos de tensão é tão dramática que exerce uma verdadeira ditadura sobre a inteligência. Quem cuida apenas da estética do corpo e descuida do enriquecimento interior vive a pior solidão, a de ter abandonado a si mesmo em sua trajetória existencial. As pessoas que vivem preocupadas com cada grama de peso fazem de suas vidas uma fonte de ansiedade. Elas têm grande dificuldade de superar as contrariedades, as contradições e os focos de tensão que surgem na trajetória e existencial. A ditadura dos focos tensão torna o ser humano uma vitima de sua historia, e não um agente construtor dela, um autor que reescreve seus principais capítulos. É mais fácil homem ser vitima do que autor de sua historia. Muitas pessoas são marionetes das circunstancias da vida, não conseguem redirecionar e repensar sua historia. Diferente era o mestre Jesus, ele via as dores da vida sob uma outra perspectiva. Enfrentava as contrariedades sem desespero, mão tinha medo da dor das frustrações pelas quais passava. Muitos o decepcionavam, ate os seus íntimos discípulos o frustravam, mas ele absorvia aquelas frustrações com tranqüilidade. Como mestre da escola da existência, treinava continuamente seus discípulos a superarem seus focos de tensão, a enfrentarem seus medos e seus fracassos. Assim, podiam reescrever suas historias e corrigir suas rotas com maturidade. Jesus teve um diálogo curto e cheio de significado com seus discípulos. Disse: “No mundo passais por varias aflições, mas tende bom animo, pois eu venci o mundo”. Ele reconheceu que a vida humana é sinuosa e possui turbulências inevitáveis, encorajou seus íntimos a não se intimidar diante das aflições da existência, mas a se equipar com animo e determinação para superá-las. Disse que tinha vencido  mundo, tinha vencido as intempéries da vida, o que indica que ele vivia sua vida, não de qualquer maneira, mas com consciência, com metas bem estabelecidas, como se fosse um atleta.             

Um Contador de Historia que Sabia Lidar com os Papeis da Memória e Estimular a Arte de Pensar.
Lidar com os papeis da memória e estimular a arte de pensar era a intenção de Jesus em seus ensinos. E para isso ele usou entre as habilidades da sua inteligência a arte da perguntar e a duvida. Quando não é valorizada e estimulada a arte da pergunta e da duvida, bloqueia o estimulo para pensar e reduz o deleite do saber. A resposta oferecida de maneira pronta e elaborada esmaga a arte da pergunta, retrai a arte da duvida, esgota a curiosidade e a criatividade. Para um primeiro momento a duvida é mais importante que uma resposta, pois ela nos esvazia e estimula o pensamento.      O maior trabalho de um mestre não é fornecer respostas, mas estimular seus alunos a desenvolver a arte de pensar. Todavia, não há como estimula-lo a pensar se não aprenderem sistematicamente a perguntar e duvidar. O mestre Jesus economizou palavras e discursou com gestos. O poeta da inteligência sabia utilizar o fenômeno RAM (registro automático da memória) com extrema habilidade. Sabia que a memória humana não funcionava como um deposito de informações, mas como um suporte para que o homem se tornasse um pensador criativo. Suas atitudes surpreendentes produziam quadros psicológicos que eram registrados de maneira privilegiada na memória dos discípulos. Esse registro era registrado e retroalimentado continuamente por eles, enriquecendo o espetáculo da construção de pensamentos e direcionando suas trajetória de vidas.
Superando a Solidão: Fazendo Amigos.
É um paradoxo o florescimento da solidão nas sociedades intensamente adensadas. A solidão é um fenômeno oculto, insidioso, mas muito presente. Esbarramos diariamente em muitas pessoas, todavia permanecemos ilhados dentro de nos mesmos. Participamos de eventos sociais, brincamos, sorrimos, mas freqüentemente estamos sós. Falamos muito do mundo em que estamos, discorremos sobre política, economia e ate sobre a vida de muitos personagens sociais, mas não falamos de nós mesmos, não trocamos experiências existenciais. O homem moderno é um ser solitário, isolado dentro da sua própria sociedade, um homem que sabe que tem fragilidade, insegurança, temores, momentos de hesitação e apreensão, mas tem medo de reconhecê-lo, de assumi-los e de falar sobre eles. Tem consciência da necessidade de falar de si mesmo, contudo opta pelo silencio e faz dele seu melhor companheiro. Realmente é difícil falar de nós mesmos. O medo de falar de si mesmo não esta ligado apenas aos bloqueios íntimos que as pessoas têm em comentar suas historia, mas também às dificuldades de encontrar alguém que desenvolveu a arte de ouvir. Alguém que ouve sem prejulgar e que sabe se colocar em nosso lugar e não dar conselhos superficiais. É mais fácil desenvolver a arte de falar do que a de ouvir. Aprender a ouvir implica aprender a compreender o outro dentro do contexto histórico, a respeitar suas fragilidade, a perceber seus sentimentos mais profundos, a captar os pensamentos que as palavras não expressam. A arte de ouvir é uma das mais ricas funções da inteligência. Muitos não apenas desenvolveram a solidão social, a solidão de estar próximo fisicamente e, ao mesmo tempo, distante interiormente das pessoas que o cercam, mas também a solidão intrapsíquica, de abandonar-se a si mesmo, de não dialogar consigo mesmo, de não discutir os próprios problemas, dificuldades, reações. Quem não se interioriza e aprende a discutir com liberdade e honestidade as suas próprias dificuldades, conflitos, metas, projetos, abandona-se a si mesmo na trajetória existencial. Vivemos numa sociedade tão estranha que não achamos tempo nem para nós mesmos. Uma pessoa que não se repensa e não dialoga consigo mesma perde os parâmetros de vida e, consequentemente, pode se tornar rígida e implacável com seus próprios erros e propor para si mesma metas inatingíveis que a imergem numa esfera de sentimento de culpa, ou, ao contrario, pode se alienar e não possuir qualquer meta ou projeto social e profissional. O homem tem uma necessidade intrínseca de superar a solidão em seus amplos aspectos; todavia ele não é muito eficiente em superá-la. Cristo tinha momentos preciosos em que se interiorizava. Suas meditações contínuas indicavam que ele atribuía uma importância significativa ao caminhar nas trajetórias do seu próprio ser. As relações sociais têm sido pautadas pela frieza e pela impessoalidade. Todos temos necessidade de construir relacionamentos sem maquiagens, abertos e desprovidos de interesses ocultos. Temos uma necessidade vital de superar a solidão. Todavia, o prazer pelo dialogo esta morrendo. A indústria do entretenimento nos aprisionou dentro de nossas próprias casas, dentro dos nossos escritórios. Estamos ilhados no videocassete, na TV e nos computadores. Nunca houve uma como a nossa, que teve acesso a diversas formas de entretenimento, todavia conhece como nenhuma outra a solidão, a necessidade e a insatisfação.   

Para o autor pensar é uma arte manifestada através da inteligência. Apesar de todos pensarem, nem todos desenvolvem qualitativamente essa arte e por não saber desenvolve-la, não se expande às funções mais importantes da inteligência. Alguns homens como Sócrates, Platão, Hipócrates, Confúcio, Sáquia-múni, Moisés, Mame, Tomás de Aquino, Agostinho, Descartes, Galileu, Shakespeare e muitos outros, foram brilhantes na historia através da inteligência e desenvolveram algumas áreas importantes do pensamento. Esses homens investiram em sabedoria o pouco tempo que tiveram marcando o mundo das idéias no campo cientifico, cultural, filosófico e espiritual. O anonimato para alguns, não impediu que suas idéias não fossem sepultadas, pelo contrario elas germinaram como sementes na mente dos homens e enriqueceram a história da humanidade. Jesus brilhou há muitos séculos atrás não só através da sua inteligência, mas Através da personalidade intrigante, misteriosa e fascinante. Conquistando uma fama indescritível. Destilava sabedoria diante das suas dores e era íntimo da arte de pensar, abalou os alicerces da história por intermédio da sua própria história. Jesus perturbou profundamente a inteligência dos homens mais cultos de sua época. Não se preocupou com suas dores, mas sim com as dos outros. O sistema político e religioso não foi tolerante com ele, mas ele foi tolerante e dócil com todos, mesmo vivenciando sofrimentos e perseguições desde sua infância. Foi incompreendido, rejeitado, zombado, cuspido no rosto, ferido físico e psicologicamente. Porém não desenvolveu uma emoção agressiva e ansiosa. Para a ciência Cristo foi um enigma. Para saber quem foi Jesus é preciso entrar na esfera da fé, que transcende a lógica. As biografias de Jesus foram escritas baseadas nas investigações feitas por pessoas que conviveram intimamente com Ele. Homens que queriam registrar fatos de alguém incomum que mudou suas vidas. As biografias mesmo sendo escritas por homens diferentes e com detalhes diferentes não tiram a essência de Cristo. Cristo desejava uma revolução transformadora do homem, capaz de transformar nas entranhas do espírito e da mente humana. Capaz de gerar tolerância, humildade, justiça, solidariedade, contemplação do belo, cooperação mutua, consideração pela angustia do outro. Jesus despertava a inteligência das pessoas ao se revelava e se ocultava ao mesmo tempo. Ele foi e continua sendo um grande enigma para a ciência e para os intelectuais de todas as gerações. A ciência do século XX progrediu de tal maneira que através dela o homem se tornou ousado em seu progresso e modernidade, que chega a banir Deus de suas vidas e historias. Muitos intelectuais da época rejeitaram Jesus por considerarem um perturbador da ordem social e religiosa, hoje ao contrario é considerado intocável. A omissão e a timidez da ciência fizeram com que Cristo fosse banido das discussões acadêmicas. Cristo não freqüentou escola, nem estudou as letras, mas foi o mestre dos mestres na escola da vida. Jesus fazia psiquiatria e psicologia preventiva quando essas nem ensaiavam a existir. Jesus ensinava muito dizendo pouco. Cristo reorganizou o processo de construção das relações humanas entre seus discípulos. As relações interpessoais deixaram de ser um teatro superficial para ser fundamentada num clima

Um das características mais marcantes do ensinamento de Cristo era a meta da unidade de seus discípulos. Cristo queria  que seus discípulos estivessem sempre juntos no mesmo espaço físico, mas no mesmo sentimento, na mesma disposição intelectual, na mesma meta. Quem ama o individualismo se torna especial por fora, mas superficial por dentro. Cristo ensinou aos seus discípulos, a superar o medo, as dores, a investir em sabedoria, a desenvolver a arte de pensar e muito outras funções ricas da inteligência. Cristo discursava sobre um amor estonteante, um amor que gera uma fonte de prazer  e de sentido existencial. Se tivéssemos a capacidade de amar as pessoas que nos frustam, prestaríamos um grande favor a nós mesmo. As mulheres tiveram um destaque fundamental, no ministério de Jesus, elas aprenderam  com mais facilidades  a linguagem  do amor do que os homens.  A psicologia  de Cristo era profunda, seu amor e o perdão se entrelaçavam. Arte do perdão era um dos sus segredos. Nem a vexatória negação de Pedro o fez desanimar. Em toda a historia da humanidade, nunca alguém, por ser tão amável, foi traído de maneira tão suave! Que amor é esse que irritava a emoção de Cristo com mananciais de tranqüilidade num ambiente desesperador? Que amor é esse que o conduzia mesmo no ápice da sua frustração, a chamar seu traidor de amigo e a estimulá-lo a revisar sua vida? Nunca o amor chegou a patamares tão elevados e sublimes. Um amor que se doa, que vence o medo, que supera as perdas, que transcende as dores, que perdoa. A uns ele dizia ”não chores”, a outros “não temas” e ainda a outros “tende bom ânimo”. Somente o amor torna as pessoas insubstituíveis, especiais, ainda que não tenham status social ou cometam erros e experimentem fracassos ao longo da vida. Os que seguiam o mestre dos mestres tinham que aprender a não apenas destilar sabedoria dos invernos da vida, percorrer as avenidas da tolerância, e expandir a arte de pensar, mas também aprender a mais nobre de todas as artes, a arte de amar. O pensamento de Cristo vira de cabeça para baixo os paradigmas do mundo moderno. Ele estabeleceu o modelo inovador de relacionamento. Entre seus princípios fundamentais estão a cooperar mutuamente e aprender se doar sem esperar a contrapartida do retorno. A escola da existência de Cristo é tão admirável que seus princípios são os de uma anticompetição, onde imperam a preservação da unidade e a promoção do crescimento mútuo. Cristo desejava causar uma profunda transformação no cerne da alma humana, uma profunda mudança na maneira de o homem pensar o mundo e a si mesmo. Cristo abalou os alicerces da sua mente. Ao descer ao nível dos pés dos seus seguidores, ele golpeou profundamente o orgulho e a arrogância de cada um deles.  Líderes que, acima de tudo, se amassem mutuamente, que tivessem uma emoção saturada de prazer e vivessem a vida com grande significado existencial. Se o mundo político, social e educacional tivesse vivido minimamente o que Cristo viveu e ensinou, nossas misérias teriam sido extirpadas, teríamos sido uma espécie mais feliz...