HUSHNER, Harold S., Quando coisas ruins acontecem às pessoas – tradução Francisco de Castro Azevedo. – São Paulo: Nobel, 1988.

 
O autor do livro começa o mesmo fazendo uma citação das Escrituras Sagradas (Bíblia) dizendo: "E Davi disse: Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o Senhor se compadecerá de mim, e continuará viva a criança? Porém, agora que é morta, por que jejuarei eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim". (II Samuel 12:22-23).          
Por que coisas ruins acontecem às pessoas boas? Todas as respostas à tragédia que consideramos acima têm pelo menos uma coisa em comum. Todas elas pressupõem que Deus é a causa de nosso sofrimento e tentam fazer-nos entender por que Deus deseja que soframos. É para nosso bem, é uma punição que merecemos, ou quem sabe Deus pouco se importa com o que nos acontece? Muitas das respostas são inteligentes e imaginativas, porém nenhuma é totalmente satisfatória. Algumas nos levam a criticar-nos para salvar a reputação de Deus. Outras pedem que neguemos a realidade ou reprimamos nossos próprios sentimentos. Acabamos odiando-nos a nós mesmos por merecemos tal destino ou odiando a Deus por nô-lo enviar quando não o merecemos.
Talvez exista uma outra abordagem. É possível que Deus não seja a causa de nosso sofrimento. O salmista escreve: “Elevo meus olhos para os montes: de onde virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.” (Salmo 121: 1-2) Ele não diz “Minha angústia vem do Senhor” ou “Minha tragédia vem do Senhor”. Ele diz: “Minha ajuda vem do Senhor.” Viriam mesmo de Deus as coisas ruins que nos afligem? O autor mostra outra forma de ataque intempestiva de sofrimento ao ser humano e, narrando à história do servo de Deus de nome Jó. Essa história mostra evidência de uma luta espiritual entre Deus e Satanás (na linguagem popular um quebra de braço) tendo como pano de fundo a fidelidade de Jó para com Deus.    
Provavelmente esta é a pergunta mais perturbadora, mais primitiva na história (da humanidade) do pensamento humano. Com toda a certeza é a que mais se faz e a que menos satisfatoriamente é respondida: Por quê, por quê, coisas ruins acontecem a pessoas boas? Devemos falar a Deus, confrontá-Lo, perguntar a Ele: "Por que existem mal e sofrimento em Teu mundo?" Médicos, Engenheiro, Cientistas, Filósofos, Teólogos, Açougueiros, Carpinteiro, Padeiros, Coveiro (Papa Defunto) e Outros. Todos fazem esta pergunta. Ninguém consegue realmente respondê-la. A Bíblia devota os 41 capítulos do Livro de Jó a este tema, oferecendo diversas explicações interessantes somente para refutá-las todas, chegando finalmente à conclusão que o homem finito não pode entender os caminhos de Deus. Para muitos, o protesto contra o mal é algo que nasce quando a pessoa se encontra com o sofrimento na vida. Para um verdadeiro líder que sente a dor de seu povo como se fosse sua, é um grito insondável brotando do poço aparentemente sem fundo do sofrimento humano.
O primeiro grande problema do homem está diretamente ligado ao tema da nossa reflexão. Nossos pais, Adão e Eva deixaram de dizer não quando deviam e o resultado nós já conhecemos. Lembre-se de que a pessoa mais importante diante da qual você precisa ser aceita não são os seus lideres, liderados ou “amigos”. Mas Deus. Quando você vai até Ele, Ele o aceita como você é, para fazer de você aquilo que Ele quer que você seja, e o que Ele quer para nós é sempre o melhor. O Pai Universal é o Deus de toda a criação, a Primeira Fonte e Centro de todas as coisas e de todos os seres. É preciso vê-Lo como criador, depois como reitor e por último como sustentador infinito. Do Pai Universal, que habita a eternidade, surge um mandato supremo: “Sede pois perfeitos como eu sou perfeito”.
E os mensageiros do Paraíso levam esta exortação divina com amor e misericórdia, através dos tempos e dos universos, até mesmo à tão modestas criaturas de origem animal como as raças humanas. Este preceito magnífico e universal de se esforçar para alcançar a perfeição divina é o primeiro dever, e deveria ser a mais sublime aspiração de qualquer criatura tenaz, como criação que é do Deus de perfeição. A possibilidade de alcançar a perfeição divina constitui o destino último e certo do eterno progresso espiritual de todo homem.
O problema do mal no mundo intriga o ser humano desde as primeiras civilizações. Os autores da Bíblia (Antigo Testamento) viveram esta intrigante questão. Vemos respostas criativas dadas pelos principais livros e personagens da Bíblia, incluindo o Pentateuco, os Profetas, Jó, Eclesiastes, os Salmos e Provérbios.  
            O conceito mais aceito no meio Cristão é que o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus no sentido espiritual, porém após o pecado de Adão, o pecado manchou esta imagem divina no homem, e com isto alguns traços da imagem de Deus no homem foram perdendo o valor, e ver que o homem após o pecado tem uma facilidade muito grande de não cumprir suas palavras, de desrespeitar o próximo, e desobedecer ao seu Criador. Será que os homens de nossos dias ainda são a imagem e semelhança de Deus? A resposta é não, pois, somente a obra expiatória de Cristo poderá recuperar a imagem de Deus no homem, mediante o arrependimento dos pecados, assim quando o homem recebe o amor de Cristo, o Apostolo Paulo afirma que o homem passa a ser uma nova criatura (II Coríntios 5:17). A palavra nova criatura quer dizer que a primeira criação já não mais existe, a imagem do pecado que restou de Adão deixa de existir, e assim em Cristo o homem passa a ser novamente a imagem de Deus, pois, tudo se faz novo.
            Em Gênesis 5:3, responde a muitas perguntas que o homem sempre questionou, um exemplo claro é o caso dos homossexuais, que dizem ser afeminados, mas que já nasceram assim, é um sentimento que possuem, mas que, não tiveram opção de escolha, já nasceram com eles, e dizem que Deus os fez assim, se é um erro, este erro é de Deus, pois foram criados por Deus, e  portanto criados nem homem e nem mulher, mas um corpo de homem, com sentimentos de mulher, e vice-versa, vendo dessa forma a culpa é toda de Deus.
            Mas este texto nos diz que Adão gerou a Sete seu filho a sua imagem e semelhança, a imagem de Adão e não a de Deus, mas porque o texto não mostra a imagem de Deus e sim a de Adão, porque não fala que foi Deus quem fez a Sete, e sim Adão que gerou. Isto acontece porque as únicas pessoas que Deus fez foi Adão e Eva, o primeiro homem e a primeira mulher, e depois deles Deus não fizeram mais ninguém, o primeiro homem tinha a imagem e semelhança de Deus, porque assim Deus o fez, mas também Deus deu ao homem o poder de se reproduzir “Crescei e Multiplicai”, ou seja, Deus fez a matriz para o homem se reproduzir, e daí em diante o homem faria o resto, e este primeiro sim foi criado perfeito, a imagem e semelhança de Deus, mas como Adão e Eva desobedeceram a Deus, eles perderam a imagem de Deus, ficaram desfigurados, sem aparência, desnutridos da imagem da perfeição, e passaram a possuir a imagem de imperfeição, e quando começaram a se multiplicar, seus filhos tinham a imagem e semelhança da desobediência, a aparência do pecado e não a semelhança de Deus conforme diz o texto: “E Adão gerou um filho a sua imagem, conforme a sua imagem”, e assim sendo a primeira criança a nascer já possuía a semelhança do pecado, e como o homem continuou a pecar, a desobediência a Deus se multiplicou, os homens começaram a gerar filhos ainda mais distantes da imagem de Deus, pois, os filhos sempre eram e são a semelhança do pai pecador, ainda que seja mais pecador que o primeiro homem, e desta forma quando uma criança nasce com uma doença, com defeitos na personalidade ou fisicamente não podemos culpar a Deus, mas sim, a nossa ascendência, os nossos antepassados são os grandes culpados de tamanha diferença entre nós e a perfeição (a imagem de Deus).   
Quando Deus viu o homem nesta situação, gerando filhos conforme a imagem e semelhança da doença, do pecado, Deus resolveu resgatar (solução de continuidade, ou seja, plano de salvação) a sua imagem no homem que criou, e por isso enviou Jesus Cristo a este mundo, para mostrar ao homem a imagem da perfeição, assim Cristo morreu por nossos pecados procurando nos tirar o pecado do homem, e tirando a desobediência dar ao homem a imagem do perfeito, e quando o homem aceita o sacrifício de Jesus Cristo, Deus assim dá um destino certo para aqueles que o aceitam.
 Ele nos predestinou a sermos conforme a imagem de seu filho Jesus Cristo, (Romanos 8:29), e quando este homem aceita a Cristo, em sua mente e coração Deus já começa a recuperar a imagem da perfeição, isto porque, mesmo estando num corpo corruptível, (I Coríntios 15:53), o homem pode perfeitamente reprovar as obras da carne, o homem pode e deve crucificar os seus pecados, (Romanos 6:6-12), vivendo em novidade de vida, (Romanos 6:4), e assim quando a mente do homem pune o pecado que cometeu, então assim Deus recuperou sua imagem na mente do homem, e um dia, no arrebatamento da igreja então enfim Deus terminará a obra de redenção em nossa vida, (Filipenses 1:6).