Grandes Filósofos



Tales de Mileto foi o primeiro filósofo ocidental de que se tem notícia. Ele é o marco inicial da filosofia ocidental. Da ascendência fenícia, nasceu em Mileto, antiga colônia grega, na Ásia Menor, atual Turquia, por volta de 624/625 a.C., e em aproximadamente 556/558 a.C. faleceu.
Tales é apontado como um dos sete sábios da Grécia Antiga. Além disso foi o fundador da Escola Jônica. Considerado, também, o primeiro filosofo da natureza, porque outros, depois dele, seguiram seu caminho buscando o princípio natural das coisas.
 Tales considerava a água como a origem de todas as coisas. E seus seguidores, embora discordassem quanto a “substância primordial”, concordavam com ele no que dizia a respeito à existência de um “princípio único” para essa natureza primordial.
 Entre os principais discípulos de Tales merecem destaque: Amaxímenes que dizia ser o “ar” a substância primária; e Anaximandro, para quem os mundos eram infinitos em sua perpétua inter-relação.
 Anaximandro de Mileto foi um filósofo pré-Socrático. Discípulo de Tales. Geógrafo, matemático, astrônomo e político. Os relatos doxográficos nos dão conta de que escreveu um livro intitulado “Sobre a Natureza”.
 Atribuiu-se a Anaximandro a confecção de um mapa do mundo habitado, a introdução na Grécia do uso e Gnômon (relógio solar) e a medição das distâncias entre as estrelas e o cálculo de sua magnitude (é o iniciador da astronomia grega).
 Anaximandro acreditava que o princípio de tudo é uma coisa chamada apeíron, que é algo infinito, tanto no sentido quantitativo (externa e parcialmente), quanto no sentido qualitativo(inteiramente). Esse apeíron é algo insurgido (não existiu nunca, embora exista) e imortal.
 Além de definir o princípio, Anaximandro se preocupa com os “comos e porquês” das coisas todas que saem dos princípio. Ele dizia que o mundo é constituídos de contrários, que se auto-excluem o tempo todo. O tempo é o ”juiz” que permite que ora exista um, ora outro.
Por isso, o mundo surge de duas grandes injustiças: primeiro, da cisão de impostos que “fere” a unidade de princípio; segundo, da luta entre os princípios onde sempre um deles quer tomar o lugar do outro para poder existir.
Sócrates,  (470 a.C. - 399 a.C.) foi um filósofo ateniense e um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental. Acredita-se que tenha sido o fundador da atual Filosofia Ocidental. A fonte mais importante de informação sobre Sócrates é Platão. Os diálogos de Platão retratam Sócrates como professor que se recusa a ter discípulos, como um homem de razão que obedece a voz divina em sua cabeça, e um homem piedoso que foi executado por causa da conveniência de seu próprio Estado. Sócrates não acreditava nos prazeres dos sentidos, todavia se interessava pela beleza. Dedicava-se à educação dos cidadãos de Atenas, mas era indiferente em relação a seus próprios filhos.
Platão de Atenas (428/27 a.C. — 347 a.C.) foi um filósofo grego. Discípulo de Sócrates, fundador da Academia e mestre de Aristóteles. Acredita-se que seu nome verdadeiro tenha sido Aristócles; Platão era um apelido que, provavelmente, fazia referência à sua caracteristica física, tal como o porte atlético ou os ombros largos, ou ainda a sua ampla capacidade intelectual de tratar de diferentes temas. (plátos), em grego significa amplitude, dimensão, largura. Sua filosofia é de grande importância e influência. Platão ocupou-se com vários temas, entre eles ética, política, metafísica e teoria do conhecimento.
Aristóteles (384322 a.C.) foi um filósofo grego nascido em Estagira, um dos maiores pensadores de todos os tempos e considerado o criador do pensamento lógico. Suas reflexões filosóficas — por um lado originais e por outro reformuladoras da tradição grega — acabaram por configurar um modo de pensar que se estenderia por séculos.
Prestou inigualáveis contribuições para o pensamento humano, destacando-se: ética, política, física, metafísica, lógica, psicologia, poesia, retórica, zoologia, biologia, história natural e outras áreas de conhecimento humano. É considerado por muitos o filósofo que mais influenciou o pensamento ocidental.
Anaxímenes de Mileto concordava com Anaximandro quanto ao apeíron, e com as características desse princípio apontados. Mas postulou que esse apeíron fosse o ar.
 Foi discípulo e continuador da escola Jônica e escreveu sua obra: “Sobre a Natureza”. Dedicou-se especialmente a meteorologia. Foi o primeiro a afirmar que a luz da lua era proveniente do sol.
 Enquanto Tales sustentava que a água era o bloco fundamental de toda a matéria, Anaxímenes dizia que tudo provém do ar e retorna ao ar. Era inquieto.
Heráclito de Éfeso foi um filósofo Pré-socrático, recebeu o cognome de “pai da dialética”. Problematiza a questão da mudança. Recebeu a alcunha de “obscuro”, pois desprezava a plebe, recusou-se a participar da política (que era essencial aos gregos), e tinha também desprezos pelos poetas, filósofos e pela religião. Sua alcunha derivou-se principalmente devido ao livro (Sobre a Natureza) que escreveu com estilo obscuro, próximo as sentenças oraculares.
Empédocles foi um filósofo , médico, legislador, professor, místico além de profeta, foi defensor da democracia e sustentava a idéia de que o mundo seria constituído de quatro princípios: água, ar, fogo e terra.Tudo seria uma determinada mistura desses elementos, em maior ou menor grau, e seriam o que imutável e indestrutível existiria o mundo.
 Para Empédocles, duas forças fundamentais responsáveis pela manutenção do universo: O AMOR que unia os elementos e O ÓDIO que os separava. Amorte para ele era simplesmente a desagregação dos elementos. Segundo ele, todos nós fazíamos parte do todo que se torna ciclos ; reunindo-se (nascimento) e separando-se(morte). Seu pensamento influenciará os pensadores da escola atomista.
Na política opôs-se à oligarquia, defendendo a democracia. Cedo virou figura legendária: ele mesmo se atribuía poderes mágicos. Conta a lenda que ele teria se suicidado atirando-se na cratera do Etna, para provar que era um deus.
Pitágoras foi um filósofo e matemático grego que nasceu em Samos pelos anos de 571 a.C. e 570 a.C. e morreu provavelmente em 497 a. C. ou 496 a.C. em Metaponto.
A sua biografia está envolta em lendas. Diz-se que o nome signfica altar da Pítia ou o que foi anunciado pela Pítia, pois sua mãe ao consultar a pitonisa soube que a criança seria um ser excepcional.
Pitágoras foi o fundador de uma escola de pensamento grega chamada em sua homenagem de pitagórica.
Parmênides de Eléia (cerca de 530 a.C. - 460 a.C.) nasceu em Eléia, hoje Vélia, Itália. Foi o fundador da escola eleática. Há uma tradição que afirma ter sido Parmênides o discípulo de Xenófanes de Cólofon mas não há certeza sobre o facto, já que uma tradição distinta afirma ter sido o filósofo pitagórico Amínias (ou Ameinias) quem despertou a vocação filosófica de Parmênides.
Os outros representantes da escola eleática são Zenão de Eléia e Melisso de Samos.
O pensamento de Parmênides
Seu pensamento está exposto num poema filosófico intitulado Sobre a Natureza, dividido em duas partes distintas: uma que trata do caminho da verdade (alétheia) e outra que trata do caminho da opinião (dóxa), ou seja, daquilo onde não há nenhuma certeza. De modo simplificado, a doutrina de Parmênides sustenta o seguinte:
  • Unidade e a imobilidade do Ser;
  • O mundo sensível é uma ilusão;
  • O Ser é Uno, Eterno, Não-Gerado e Imutável.
Aurélio Agostinho (do latim, Aurelius Augustinus), Agostinho de Hipona ou Santo Agostinho foi um bispo católico, teólogo e filósofo que nasceu em 13 de Novembro de 354 em Tagaste (hoje Souk-Ahras, na Argélia); morreu em 28 de Agosto de 430, em Hipona (hoje Annaba, na Argélia). É considerado pelos católicos santo e Doutor da Igreja.
John Locke (Wringtown, 29 de Agosto de 1632Harlow, 28 de Outubro de 1704) foi um filósofo do predecessor Iluminismo tinha como noção de governo o consentimento dos governados diante da autoridade constituída, e, o respeito ao direito natural do homem, de vida, liberdade e propriedade. Influencia, portanto,nas modernas revoluções liberais: Revolução Inglesa, Revolução Americana e na fase inicial da Revolução Francesa, oferecendo-lhes uma justificação da revolução e a forma de um novo governo. Para fins didáticos, Locke costuma ser classificado entre os "Empiristas Britânicos", junto com David Hume e George Berkeley, principalmente por sua obra relativa à questões epistemológicas. Em ciência política, costuma ser enquadrado na escola do direito natural ou jusnaturalismo.
Thomas Hobbes (Malmesbury, 5 de abril de 1588Hardwick Hall, 4 de dezembro de 1679) foi um matemático, teórico político, e filósofo inglês, autor de Leviatã (1651) e Do cidadão (1651).
Na obra Leviatã, explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de governos e sociedades. No estado natural, enquanto que alguns homens possam ser mais fortes ou mais inteligentes do que outros, nenhum se ergue tão acima dos demais por forma a estar além do medo de que outro homem lhe possa fazer mal. Por isso, cada um de nós tem direito a tudo, e uma vez que todas as coisas são escassas, existe uma constante guerra de todos contra todos (Bellum omnia omnes). No entanto, os homens têm um desejo, que é também em interesse próprio, de acabar com a guerra, e por isso formam sociedades entrando num contrato social.
David Hume nasceu em Edimburgo e frequentou a universidade local. Inicialmente, pensou em seguir a carreira jurídica mas, em suas palavras, chegou a uma "aversão intransponível a tudo, excepto ao caminho da filosofia e a aprendizagem em geral". Sua mãe, que enviuvara quando David era criança, ficou assustada com a decisão, mas Lord Kames, um familiar e protector de Hume, tranquilizou-a.
Dedicou-se aos estudos, como auto-didacta, em França, onde completou a sua obra-prima, Tratado da Natureza Humana, com apenas de 26 anos. Apesar de muitos acadêmicos considerarem hoje o Tratado sua maior obra e um dos livros mais importantes da história da filosofia, o público inglês não se entusiasmou imediatamente. Hume tinha esperado um ataque à publicação e preparava uma defesa apaixonada. Para sua surpresa, a publicação do livro passou despercebida, e sobre esta falta de reação do público, em 1739-40, escreveu: "saiu da editora morto à nascença".
Francis Bacon (Londres, 22 de Janeiro de 1561 — Londres, 9 de abril de 1626) foi um político, filósofo e ensaísta inglês, barão Verulam, visconde de St. Albans. Desde cedo, sua educação orientou-o para a vida política, na qual exerceu posições elevadas. Em 1584 foi eleito para a câmara dos comuns.
René Descartes (31 de Março de 1596, La Haye en Touraine, França11 de Fevereiro de 1650, Estocolmo, Suécia), também conhecido como Renatus Cartesius, foi filósofo, físico e matemático francês. Notabilizou-se sobretudo por seu trabalho revolucionário na filosofia, mas também obteve reconhecimento matemático posterior por sugerir a fusão da álgebra com a geometria, fato que gerou a geometria analítica e um sistema de coordenadas que hoje leva o seu nome. Por esses feitos ele teve um papel-chave na Revolução Científica influenciando o desenvolvimento por Leibniz e Newton do Cálculo moderno.
Benedictus de Spinoza (Amsterdã, 24 de Novembro de 1632Haia, 21 de Fevereiro de 1677), forma latinizada de Baruch de Spinoza, também conhecido por Bento de Espinosa, foi um dos grandes racionalistas da filosofia moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Era neerlandês e é considerado o fundador do criticismo bíblico moderno.
Immanuel Kant ou Emanuel Kant (Königsberg, 22 de Abril de 1724Königsberg, 12 de Fevereiro de 1804) foi um filosofo alemão, geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna, um representante do Iluminismo, indiscutivelmente um dos seus pensadores mais influentes. Kant teve um grande impacto no Romantismo alemão e nas filosofias idealistas do século XIX, tendo esta sua faceta idealista sido um ponto de partida para Hegel.
Aparte essa vertente idealista que iria desembocar na filosofia de Hegel (e Marx), alguns autores consideram que Kant fez ao nível da epistemologia uma síntese entre o Racionalismo continental (de René Descartes e Gottfried Leibniz, onde impera a forma de raciocínio dedutivo), e a tradição empírica inglesa (de David Hume, John Locke, ou George Berkeley, que valoriza a indução).