O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O DIVORCIO


As dificuldades do casamento e a dor do divorcio levaram alguns cristãos compassivos a reinterpretar ou diminuir a ênfase de certo princípios bíblicos, na tentativa de fazer com que o divorcio e o novo casamento pareça mais fácies e mais aceitáveis, teologicamente falando. Entretanto, ignora ou diminuir a força de um ensinamento bíblico não é nem útil nem compassivo. Para poder ajudar as pessoas é necessário que o conselheiro cristão tenha um entendimento claro dos princípios bíblicos sobre o divorcio e o novo casamento.
 Infelizmente, os próprios estudiosos da Bíblia estão divididos em suas conclusões. A maioria dos autores encaixa-se em uma dentre quatro categorias, sedo que cada uma delas tem defensores veementes.
Na primeira categoria estão aqueles que consideram que o casamento é para a vida que não existe nenhuma base bíblica para permitir o divorcio e que o novo casamento de uma pessoa divorciada é sempre adultério.
Na segunda categoria. Estão os que acham que existe base bíblica legitimas para o divorcio, e que o novo casamento é permitido nesta circunstância.
Na terceira categoria. Defende a tese de que às vezes surgem situações no casamento que não tem solução. Este grupo defende a tese de que às vezes, surgem situações no casamento que não tem solução. Nestes casos, o divorcio se tornas necessárias para preserva a saúde menta, emocional ou física de um dos cônjuges ou dos filhos. Esta conclusão se baseia mais em princípios bíblicos gerais do que em ensinamentos bíblicos específicos.
Em quarta categoria. Lugar está uma opinião mantida principalmente por outros autores católicos. Segundo esta visão, um tribunal eclesiástico pode anular um casamento e abrir caminho para um novo matrimonio.

OS ENSINAMENTOS DE DO ANTIGO TESTAMENTO.

 A Bíblia apresenta claramente o casamento como união intima e permanente entre marido e mulher. Este é o ideal imutável de Deus. Mas desde o pecado original, os seres humanos estao vivendo num nível abaixo do ideal. A bíblia reconhece este fato, e é por isso que em Deuteronômio 241-4 fornece algumas orientações sucintas que regem a pratica do divorcio – uma prática tolerada, mas nunca ordenada nem encorajada por Deus.
De acordo com Antigo Testamento, o divórcio deveria ser legal, permanente e permitido apenas quando houvesse “impureza” envolvida. Infelizmente, o significado de impureza se tornou assunto de debate. Alguns diziam que isso incluía qualquer comportamento impróprio; outros restringiam o termo e argumentava que impureza se referia apenas a infidelidade sexual. Jesus parece ter concordado com esta segunda opinião 

OS ENSINAMENTOS DE JESUS CRISTO.

No Novo Testamento, Jesus reafirma o caráter permanente do matrimonio, ressaltou que permissão divina para o divorcio foi dada apenas por causa da natureza pecaminosa do homem e não porque foi o ideal de Deus, afirma que a imoralidade sexual era a única causa legitima para o divorcio, e ensino claramente que a pessoa que se divorcia de um cônjuge infiel e se casa com outro comente adultério.
Como os lideres judeus que questionavam   o significado da palavra impureza, alguns eruditos modernos discutiram o significado da expressão “exceto em caso de relações sexuais ilícitas” Mt. 5.32 e 19.9. A palavra grega traduzida por “relações sexuais” é porneia, que se refere a todo tipo de intercurso sexual fora do casamento este comportamento viola o conceito de uma só carne, que é fundamental ao matrimonio bíblico.
Mesmo quando há infidelidade envolvida, o divorcio não é ordenado; ele é simplesmente permitido. O perdão e a reconciliação ainda são preferíveis ao divorcio. No entanto, se o divorcio ocorrer nestas circunstâncias, a opinião de muitos eruditos evangélicos é que a parte inocente esta livre para se casar novamente.

OS ENSINAMENTOS DE PAULO.

Respondendo a uma pergunta dos coríntios, o apostolo repete o ensino de Jesus Cristo e depois acrescentar uma segunda causa em que o divorcio  é permitido: o abandono por um cônjuge. Esta mesma passagem trata de incompatibilidade de religiosa – o casamento de um crente com um não crente. Este casamento teologicamente misto não deve terminar em divorcio (exceto quando o não crente vai embora), apesar do fato de que as diferenças religiosas podem criar tensões no lar. Paulo escrever que, permanecendo casado, o cônjuge crente santifica o matrimônio e, com o tempo, o cônjuge não crente pode acabar se rendendo a Cristo.