A MORAL, CIDADANIA E TRABALHO



Considerando que o fundamento e o princípio básico para a criação, e a formação de uma sociedade, baseiam-se nos pressupostos, de criar e elaborar seus próprios significados sociais que de certa forma lhe são característicos ou específicos. Esses conjuntos de significados estruturam uma sociedade e designam as finalidades e as ações que devem ser feitas por cada um desse conjunto.
Essa maneira e expressão de se viver em sociedade foi o ponto de aplicação que norteou e modificou os costumes, as culturas e a capacidade intelectiva do início da modernidade, criando mecanismos, cujas às exigências estavam direcionadas para  o Conjunto de trabalhos necessários para dotar uma área de infra-estrutura (p. ex., água, esgoto, gás, eletricidade) e/ou de serviços urbanos, o aparecimento dos aparelhos burocráticos, a racionalização baseada em complexas  atitudes e reações do indivíduo em face do meio social, e acima de tudo, a intenção imensurável de que  o povo e Estado desfrutassem das realizações  criadas por esses dois corpos sociais através do trabalho.
Surge na contemporaneidade em detrimento a modernidade, um projeto de organização social em que o individuo acumula crises de diversas ordens que põem a pique e demonstram a fragilidade, os conceitos sociais que serviram de elicerces para a formação da sociedade moderna, crises essas que vão desde a estrutura familiar, até a relação de ética, trabalho e cidadania. Neste contexto a capitulação de bem estar social criado no período moderno no qual o Estado e o povo atribuíam a relação de trabalho como ponto de aplicação para a pujança e a bonança.
As desigualdades e as privações sociais conduziram todos os países, capitais e interiores a uma crise devastadora, visto que  a exploração sem limites de fauna e da flora carro mor da ascensão do trabalho, foi o que mais contribuiu e provocou a devastação das denominadas matérias primas e da energia de produção, e foi fincado neste argumento que as condições de vida de todo hemisfério terrestre foi colocada em risco.  
No campo social a relação familiar se torna desfigurada, pela ausência de dialogo, conflitos existenciais, introdução da mulher no mercado de trabalho, já que em outros tempos era ela a responsável pelos atos da casa e dos filhos e a terceirização de educação social e intelectual, que passam a serem atribuições da escola, das ruas e finalmente dos responsáveis pelos guardas dos jovens e adolescentes.
Com o advento  das novas descobertas, tanto no campo científico, bem como nos meios sócio-filosóficos e as conseqüentes guerras os indivisos assumem uma nova postura, bem como o Estado e os seus  assuntos políticos. Nasce daí a globalização que combinada ao sentido contrario estabelecido pelo modernismo, destrói o próprio sentido o bem comum e as relações entre ética cidadania e trabalho.
Tomados estes afastamentos da direção ou da posição normal, surge daí uma profilaxia sócio-existêncial, que nos atinge hoje sobre a “ética, cidadania e trabalho”, se por um lado a ética assume o papel de reflexão de princípios sobre o pensar e o agir do ser humano, em que pese o próprio agir existencial individual e coletivo, bem como o trabalho posto sobre a égide do viver e do humano socialmente identificado cidadão, nestes aspectos a temporalidade diluiu e destino da espécie humana e os méritos de cada sociedade, que passaram a ser redesenhadas, não por fronteiras, mas, por desenvolvimento e acumulo de capital, não por ética, sim, pelo meio mais rápido de se chegar ao poder, não pela coletividade, sim pelo individualismo absurdo, que perpassam todos os campos conceituais no que pese a vida, sociedade, ciência e religião.
Apresentada esta reflexão no que concerne aos dias de hoje, no que tange a cada ser humano e a cada sociedade os conceitos fundamentais expostos neste trabalho. Quais (qual) os princípios e valores no escolher, no julgar ou no instituir os valores que deverão e devem guiar as relações entre os seres humanos. As questões e as decisões provocadas pelos instrumentos  sociais nas relações entre ética, trabalho e sociedade, o que a história nos ensinou e nos submete a um constante questionamento dos valores e das relações e o poder de escolha de cada um.
O resultado dessa analise temporal, busca chamar a atenção para um forçosa e cansativa ações a serem empregadas na construção de uma nova consideração, cujos paralelos definem ética, trabalho e cidadania como atividades afins que deverão estar determinantes na auto-reflexão comportamental de cada um. Devemos sim, nos permitir ao novo e ao diferente.